A lista de professores colocados, ontem conhecida, representa uma
redução de 40,5 por cento (menos 7.571 docentes) face à de Agosto do ano
passado, segundo contas da Fenprof, que classificou estes números como
sendo «de uma violência atroz».
De acordo com o líder da Federação Nacional dos Professores, Mário
Nogueira, que falava em conferência de imprensa no Porto, após uma
primeira análise dos números, só a renovação de contratos caiu 43,5 por
cento (menos 4.471), em relação a 2011. Seguem-se agora colocações via
bolsas de recrutamento que, se caírem na mesma proporção, permitem
antecipar, na leitura sindical, a exclusão do sistema de 15.000 a 18.000
professores.
Quando a Sinistra Ministra estava no poder a luta contra o processo
de avaliação e a destruição da Escola pública foi encabeçada pelo Mário
Nogueira que rapidamente se viu ultrapassado pela união dos professores e
de muito movimentos que criaram. Por duas vezes Lisboa foi palco de
gigantes manifestações que fizeram com que finalmente se sentisse uma
réstia de esperança e de acreditar que ainda havia poder na luta das
pessoas para fazerem recuar as politicas do então governo de socretinos.
Depois de ver os governos atacarem os direitos dos cidadãos e de as
lutas sindicais não o conseguirem impedir finalmente se provava que
havendo vontade tudo era possível. A Sinistra Ministra estava derrotada.
Inesperadamente, ou talvez não, surge a noticia de que o Mário Nogueira
tinha assinado com o governo um Memorando de Entendimento, que se
minimizava as medidas da Ministra, lhe possibilitava a continuidade de
existência bem como das suas politicas. Assim morreu uma luta que estava
ganha e se desmobilizou os professores. Hoje, após a chegada deste
governo e deste DemoCrato que ocupa o cargo de Ministro os professores
sentem na pele o resultado dessa derrota e dessa desmobilização. Os
professores que conseguiram colocação não a querem colocar em risco, os
que vão para o desemprego estão sós e sem esperança. E agora Mário
Nogueira?