20120624

Assim continuamos .... a atacar o 'colega' do lado.

Desiludida com pessoas? Sim, vezes demais. Com os alunos, colegas, etc? Sim, tantas vezes. Começar a disparar contra eles? Talvez agora :/. 
Estou cansada de ver ataques de professores contratados a professores do quadro. É disso que se trata. E quem está por trás disto é muito pouco inocente. Ou muito pouco inteligente! Ou ambas.

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Apevt - Associação Nacional de Professores de EVT

9 comentários:

Anónimo disse...

Começo a ficar farta desta história mal contada de professores do quadro para um lado e professores contratados para outro!! Seria mais útil ir ao cerne da questão: o MEC pretende reduzir o número de docentes e para isso os primeiros a serem dispensados serão, infelizmente, os contratados. Fui contratada durante sete anos e fazia exactamente o mesmo trabalho que os outros. Neste momento pertenço ao quadro, mas tenho de ouvir constantemente que não pertenço ao quadro da escola onde me encontro a leccionar, ou seja, não sou da 'da casa'! Sei bem o que é andar a saltar de escola em escola. Estou a dar aulas há vinte anos e o máximo que consegui foi ficar três anos na mesma escola. Nunca tratei nenhum professor contratado como se não fosse de facto meu colega. Se alguém o faz, só pode ser mal formado e mal educado! Para terminar, devo dizer que pertenço ao grupo 300.

Margarida Alegria disse...

Curioso que, aquando das lutas em 2008, muitos dos contratados que agora dizem estes disparates sobre os colegas (COLEGAS!) do quadro, foram dos primeiros a dizer qur não tinham tempo para se manifestar, ou que valia a pena e viraram costas para tratar da vidinha(entregar objectivos, relatórios, dar graxa às direcções...).
Mesmo assim, agora até têm muitos professores do quadro que tentaram esquecer esse facto e que os apoiam na sua causa, mas mais uma vez não compreendem de que lado está "o inimigo" e disparam desta maneira contra os colegas " ("acomodados"?"mal habituados"?) Chegam a meio deo filme e desconhecem tanta estrada que esses colegas "comeram" nos seus anos iniciais e como lhes custou aproximar de casa e lançam esta prosa?
São os professores do quadro que lhes estão a rouar o emprego ou que não lhes têm dado efectivação todos estes anos, ou é a tutela com a criação de megas, mudanças curriculares e não umprimento das leis laborais?
Livra! deve ser mesmo falta de neurónios, desculpem-me, mas só pode ser isso! :(
Quanto às pessoas que nos desiludem...humm........
Os OUTROS é que estão sempre a fazer-nos mal. não é ? (a virar costas a quem ajuda, a serem malcriados, a ter falta de memória, a desconfiar de tudo e mais alguma coisa, a difamar ou assim o imaginamos, até a usar guardanapos com fantasminhas em bolos para nos provocar, ... a fazerem quilómetros aflitos para nos acudirem Ah isso não!... A fazerem o que podem para que sejamos bem sucedidos e nos apoiar ah.. isso também não... pois...)Há monstruosidades em todo o lado e por isso não há solidariedade da verdadeira! Só há palavras, imagens a "manter", bodes expiatórios onde descarregar o puro sentido de Injustiça. :(

Margarida Alegria disse...

Precisamente, Anónima das 20.58! A questão do post é essa. Assim como os contratados não gostam de se sentirem apontados de "serem menos" professores, o que claro que é injusto, também os professores do quadro não merecem estes epítetos de que o tal comunicado está eivado, não acha?
A questão do professor "caloiro" ao pé do da cas/do quadro sempre existiu, como em qualquer profissão. Só o senti em uma escola, onde havia a mesa "dos efectivos" na sala de professores. Porém, não é geral e sempre houve relativa igualdade emtre todos! Que andou a envenenar tudo foi a dona sinistra lurdes com a plantação de "titalares" no seu reino, com as consequência que daí vieram. Dividir para reinar! E parece que mais uma vez o MEC está a conseguir!

Margarida Alegria disse...

E acrescento: cheguei a ser delegada tendo dos piores horários para os quais não tinha escolha enquanto havia provisórios (o então equivalente a contratados) com horários bem melhore e arrumados: Apanhando eu turas mais difíceis até. Isso dos horários muitas vezes não depende da opção do docente. Umas vezes era porque lidaria melhor com alunos mais difíceis do que os mais novatos, outras porque tinha de ficar com todos os níveis pois era a única do grupo com mais habilitações para tal, e por vezes acabava com turmas menos favoráveis que outros colegas efectivos atrád de mim, só porque nunca fui de graxas e de andar nas férias a edir jeitinhos disto e daquilo. Quando aprecio as pessoas é pelo que são e não por interesse e do que os seus cargos valem para mim ou do jeito que podem dar em influência para os meus interesses!
Por isso ler agora neste comunicado que quem move o interesse dos horários são os professores do quadro e não sei que mais, quando normalmente é a direcção que decide tudo.--- só me provoca ainda mais revolta. mas já nada me admira e assim com raciocínios desse género´não vamos lá! Quem está a cortar nos horários são o Crato e o Gaspar! Não os colegas!!!

bibónorte disse...

Obrigada Moriae por este post. Realmente já não há pachorra para tanto ódio aos profs do Quadro.Em vez de se unirem e lutarem contra quem lhes está a tirar o tapete,descarregam em quem não tem culpa nenhuma.É por esta e por outras que o MEC faz o que quer dos profs.
Abraço

Moriae disse...

Bibónorte,

ainda hesitei ... ninguém ganha ao alimentar essas guerrinhas mas é como diz, já não há pachorra. E é mau para todos.
Abraço e boa semana!

Tita disse...

Eu sou contratada - há quatro anos. Não é nenhuma eternidade, mas conto ainda outros oito anos de serviço no ensino privado. Terei alguma, não muita experiência. O meu problema não é com os colegas do quadro. Aliás, sou casada com um, que ao contrário de mim nunca teve de ir para longe e que efectivou no ano de estágio. O meu problema é com o Ministério, que diz que eu, que faço tudo e mais alguma coisa como os meus colegas, do quadro ou não, pertenço a uma casta diferente - não sou docente, exerço funções docentes.
Os professores efectivos, principalmente os que são mais solidários com os contratados, sentirão dores de indignação quando lhes apontam o dedo da falta de solidariedade profissional. E terão razão. Mas as experiências negativas marcam sempre mais do que as outras e há muitos contratados que têm de facto essas experiências de apanhar os piores horários e as piores turmas, ficarem de castigo nas vigilâncias de exames, e terem na generalidade uma vida mais difícil. Assim, meus amigos, é difícil não reparar na injustiça que isso é. O que vai na cabeça do contratado é: eu tenho os gunas, o colega (efectivi) tem as turmas escolhidas; eu tenho o horário em frangalhos, o colega tem um dia livre; eu tenho cinco vigilâncias, de Matemática e Geometria Descritiva incluídas, o colega tem uma. E depois disso tudo, ainda aguento com paternalismos quando alguma coisa corre mal (quase inevitavelmente, nestas circunstâncias) de que "se fosse comigo, não era assim". Mais: eu ganho pouco mais de mil euros, ele recebe o dobro. Não será sempre assim, mas as excepções não são assim tantas, e quando as há, são de louvar.

Moriae disse...

Tita,

antes de qualquer coisa, obrigada pelo seu comentário e visita.

Concordo com tudo o que diz mas acrescento que há professores do quadro e professores do quadro. Nem todos têm regalias … ao longo deste 17 anos já dei com cada um, ou grupo… Sim, porque geralmente são grupinhos controladores que pensam e agem como se mandassem nas escolas. Assim, se não formos como esses querem, estamos feitos. E há que 'comer e calar', coisa que obviamente me custa muito. E suponho que a muitos de nós. Assim, tenho tido as mesmas experiências de professores contratados que a Tita refere. E mesmo sendo do quadro desde 1996, ainda estou numa escola a mais de 70km de casa … Já vivi a 300 km. Mas isso não interessa. O que importa é que se saiba que há muitos professores do quadro a penarem diariamente. Têm a justiça de não passar o que passam os colegas a quem não lhes é dado aquilo a que têm direito.

Senti de facto a acusação de falta de solidariedade pois tenho lutado muito por todos nós, pela educação e pela dignidade humana e justiça. Não perdi o sono porque até compreendo os desabafos mas não podia deixar de alertar para algo que não vai ajudar em nada.

Que nos revoltemos todos contra quem é prepotente e faz tudo o que os colegas dizem, generalizando, é outra coisa. E aí, estou novamente 100% solidária.

E limpos, ganho pouco mais do que mil euros. Mas calculo que se estivesse a referir a salário ilíquido.

maria disse...

É profundamente lamentável este texto da APEVT. Sou do quadro há muitos muitos anos e na minha escola nunca senti esses privilégios que referem. Pelo contrário,até é frequente um certo proteccionismo em relação ao chamado "sangue novo",que têm frequentemente dia livre e eu não. Também estive presente em várias lutas,nas quais os contratados não participavam. Agora viram-se contra os do quadro!