Um dos grandes problemas dos nossos filhos não é apenas a educação "escolar". É também a educação. Por falta de tempo, temos muitas vezes tendência a minimizar a educação formal. Criamos pequenos déspotas, habituados desde tenra idade ao prazer imediato, ao quero, posso e tenho, ao excesso, em vez atenção e formação.
Um pai não é um igual, nem (só) um amigo. Tem de ser um exemplo de correcção, de urbanidade, de respeito pelos mais velhos. O "pai-compincha" é uma escusa de quem tem de exercer o seu papel de exemplo e, porque não assumi-lo, de autoridade.
Nos anos recentes os pais protegem os filhos mesmo quando não deviam. Se uma criança é expulsa por mau comportamento deveriam os pais aplicar um castigo e não culpar os professores. Demasiado ocupados em ser bem sucedidos profissionalmente, deixamos os professores serem duplos educadores. São obrigados a ensinar Português, Matemática e regras básicas de civilidade. É uma função que não devemos delegar, porque é nossa e exclusivamente nossa. O obrigado, se faz favor, com licença, deviam sair de casa com os nossos filhos antes mesmo de estes entrarem na escola. São regras básicas de civismo e respeito que vejo ignoradas pelos infantes e progenitores com muito mais frequência do que desejaria.
Como pai e educador cumpre-me agradecer o esforço e a garra de muitos professores que acumulam a dupla função de formadores e educadores. Fazem mais do que lhes é exigido, por brio profissional e vocação. E, esse mérito, qualquer pai minimamente sério tem de reconhecer.
8 comentários:
Bem vindo, Fernando Lopes! Um muito obrigada : )
Sou, como sabes fã do teu blogue (http://www.diariodopurgatorio.com/ para quem ler e não associar de repente e se interessar) e é uma honra ter-te aqui!
Eu é que estou honrado pelo convite.
E chega de cortesias. Vamos é lutar para mudar tudo o que está mal [no ensino e em tudo o resto] em Portugal! À luta!
: ) Bora lá continuar!
Enfim, pobre Fernando Lopes!
Ainda em fase de i lusão, de envoltura em salamaleques, de "lua-de-mel blogosférica!
Não tarda virá a fase da desvalorização, do enfado com o novo brinquedo da estação Outono-Inverno, a má-criação súbita e injustificada, a fase do DESPREZO ilógico e injusto...
Por isso, Fernando, um conselho: dedique-se ao seu próprio blogue e poupe-se a desgostos e choques!
Os conselhos, gosto que mos dêem quando os peço.
Tudo bem. Acho sempre que os incautos de boa-fé e sérios devem ser alertados.Não gosto que sejam magoados, Para isso basta o nosso triste regime nacional e internacional, ainda designado por "Democracia".
O tempo dos paladinos galantes já era. Vivemos no mundo do "usa -e -deita- fora", lhe garanto. Repleto de falsos e cruéis "bons-corações".E de revolucionários de papelão e megabites.
Não poderá dizer mais tarde que não foi avisado.
Cumprimentos sinceros.
Ah! E parabéns pelo post. Gostei|
Agradeço e como já levo 48 anos de vida, não me considero "revolucionário", antes inconformado e libertário. Não sei se é uma grande carta de apresentação mas é a que tenho, juntamente com algumas "estórias" que fariam ficar roxos de inveja certos revolucionário encartados.
Nem melhor nem pior do que ninguém, apenas ... eu.
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