20131214

Convergências, pensões e os golpes dos ladrões

Sumário

Conclusões
1 - Um princípio elementar de solidariedade
2 – O saque de fundos e direitos dos trabalhadores
3 – Como garantir a sustentabilidade? Um exercício
4 -  O Estado como gestor da Segurança Social é garantia de roubo institucional

5 – Com a destruição da Segurança Social constrói-se a miséria

Conclusões

  • Só há sociedades equilibradas e pessoas felizes quando a satisfação das suas necessidades é o seu principal objetivo coletivo, do qual todos os outros decorrem;
  • O aumento da longevidade humana, como elemento culminante de uma vida saudável é um bem a generalizar e não a sacrificar;
  • A sustentabilidade do financiamento de quantos já não podem ou devem trabalhar, depois de contributos de dezenas de anos, é um imperativo ético e civilizacional inquestionável sem qualquer direito a devaneios políticos e financeiros em seu torno; 
  • ......
Em uma das seguintes ligações:

http://grazia-tanta.blogspot.pt/2013/12/convergencias-pensoes-e-os-golpes-dos.html

http://www.slideshare.net/durgarrai/convergncias-penses-e-os-golpes-dos-ladres

http://pt.scribd.com/doc/191535407/Convergencias-pensoes-e-os-golpes-dos-ladroes


Este e outros textos em:

20131203

Reestruturação da dívida ou trafulhice?


Na operação de hoje o governo transferiu o pagamento de dívida de € 6.640 M de 2014/15 para 2017/18.

No exercício abaixo a que se procedeu considerou-se o prazo de maior esforço de pagamento à troika – 2014/21 - uma taxa constante de 5% e o valor do PIB em 2012.

Estimativa do serviço de dívida de médio/longo prazo para 2014/21 (€ milhões)

2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
soma
Antes da operação de 3/12/2013





amortização
13779
15029
12540
12178
10698
11470
12273
10766
98733
juros
4592
3872
3183
2565
1993
1439
845
269
18758
% do PIB
11,1
11,5
9,5
8,9
7,7
7,8
8,0
6,7

Depois da operação de 3/12/2013





amortização
11279
10869
12540
14858
14668
11470
12273
10766
98723
juros
4654
4100
3515
2830
2092
1439
845
269
19745
% do PIB
9,7
9,1
9,7
10,7
10,2
7,8
8,0
6,7

                                                                             http://grazia-tanta.blogspot.com

A referida operação conduz a:

  • Um alívio da tesouraria durante três anos mas que aumenta em três anos o tempo de pagamento de juros sobre aquele valor.
  • Um aumento adicional de € 100 por habitante, uma vez que no período 2014/18 os juros acumulados aumentam em € 988 milhões. E não considerando novas reestruturações criativas como esta, nem novos empréstimos;
  • O governo sacode as suas responsabilidades de 2014/15 – haverá eleições em 2015 - para 2017/18, denotando que o atual convénio PSD/CDS não irá perdurar como agora. Será que esperam atrair o PS para a sociedade promotora do empobrecimento?
  • O governo pretende dourar a situação económica e financeira de Portugal, com previsões macroeconómicas infantilmente falsas e convencer “os mercados” da bondade da sua gestão;
  • Esta operação não foi certamente gratuita e permitiu comissões elevadas por parte de bancos e/ou consultores cujo montante se desconhece;
Que soluções?

1.            Com ou sem a operação de reestruturação, a dívida não é pagável na sua atual dimensão, como se observa nas parcelas do PIB a comprometer com o serviço de dívida para os próximos anos.

2.            Uma economia capaz de melhorar a vida da população e absorver a procura de trabalho tem de ter um crescimento razoável, superior a 3%;

3.            Mesmo que se consiga um crescimento dessa ordem, num prazo que, na atual situação económica e política não é previsível, esse acréscimo estará sempre longe de poder fazer face ao serviço de dívida;

4.            Dito de outro modo, um crescimento que permita simultaneamente pagar o serviço de dívida e melhorar a vida da população, atrair os que emigraram, reduzir o desemprego e conter o empobrecimento galopante a que se assiste, esse crescimento teria de ser variar, no período considerado entre 10 e 14% o que é inimaginável;

5.            Falar de reestruturação é uma burla política para ocultação da realidade por parte do governo e devido a cálculos políticos de uma oposição falsa, mansa, ou inútil, todos à margem da população;

6.            Qualquer real solução para a precária situação global em que vive a esmagadora maioria dos residentes em Portugal passa por:

    1. Suspensão imediata do pagamento da dívida pública por motivos de força maior
    2. Avaliação da parcela da dívida a declarar como nula por não ter sido aplicada no bem estar das pessoas e eventual reescalonamento de algumas das suas parcelas legítimas;
    3. Criação de um regime político democrático, com um outro modelo de representação, em que as pessoas possam decidir a todo o momento e não vejam os seus direitos usurpados por uma classe política;
    4. Apuramento das responsabilidades criminais e financeiras dos decisores políticos dos últimos governos.


Documentos e textos em:


20131115

Autárquicas-2013 e a putrefação do sistema político

A despolitização[1] ou a baixa cultura política em Portugal, constituindo óbices evidentes para alicerçar uma contestação ao poder, não é sinónimo de falta de sagacidade ou de total inação perante a situação política, económica e sobretudo, mostra repúdio ou desprezo pelo ignóbil mandarinato. A reação, na perspetiva de voto ou no momento de preenchimento do papel, é uma atitude de baixa intensidade; revela tibieza de atuação mas a indignação está lá.



Sumário

Conclusões
1 - A utilidade dos fantasmas como eleitores
2 – A dimensão da abstenção
3 – Votos que expressam rejeição
4 – Os ganhos e as perdas de mandatos
5 - A verdadeira representatividade dos eleitos

[1]   http://grazia-tanta.blogspot.pt/2012/10/a-despolitizacao-o-controlo-social-e-as.html

Em qualquer das seguintes ligações:

http://grazia-tanta.blogspot.pt/2013/11/autarquicas-2013-e-putrefacao-do.html
http://www.slideshare.net/durgarrai/1311-autrquicas2013-e-a-putrefao-do-sistema-poltico
http://pt.scribd.com/doc/184308340/Autarquicas-2013-e-a-putrefacao-do-sistema-politico

Outros textos:


20131107

O Guião de um pequeno fuhrer

Sumário:

1 - Portas é um power-point em 3D
2 – Um fascismo periférico
2.1 – O adulador de empresários
2.2 – A veneração das sotainas
2.3 – O patriotismo como manto de cinismo e mentira
      2.4 – A “operação Barbarrossa” do pequeno fuhrer

      2.5 – O pequeno fuhrer interpreta o sentido da tradição pátria

Disponível em:
http://grazia-tanta.blogspot.pt/2013/11/o-guiao-de-um-pequeno-fuhrer.html
http://www.slideshare.net/durgarrai/1311-o-guio-de-um-pequeno-fuhrer
http://pt.scribd.com/doc/182433940/O-Guiao-de-um-pequeno-fuhrer

Outros textos em:

20131018

Investimento estrangeiro em Portugal - Entre o mito e a propaganda -1ª parte

Sumário

       Introdução
1 – A posição do IDE na União Europeia
1.1 - O papel do IDE proveniente de off-shores
2 – A posição do IDE em Portugal
2.1 - Perfil sectorial do IDE em Portugal

Anexo

Em uma das seguintes ligações: 

http://grazia-tanta.blogspot.pt/2013/10/investimento-estrangeiro-em-portugal.html

http://www.slideshare.net/durgarrai/investimento-estrangeiro-em-portugal-entre-o-mito-e-a-propaganda-1-parte 

http://pt.scribd.com/doc/177180275/Investimento-estrangeiro-em-Portugal-Entre-o-mito-e-a-propaganda-1%C2%AA-parte


Este e outros textos em:  

20130927

Ministério da Educação nega mobilidade por doença a doentes oncológicos

E nem sequer justifica ...
"Indeferimento que, em clara violação dos artigos 124º e 125º do CPA, não se encontra minimamente fundamentado e foi proferido sem se dar aos candidatos a possibilidade de se pronunciaram previamente à decisão." (Recurso de uma professora)
Em suma, são vários os casos de indeferimento e até agora, mais de 20 dias passados após recurso de alguns docentes, nenhuma resposta.
Que não se repita o que já aconteceu ...

Artur José Vieira da Silva
Manuela Estanqueiro
Maria Cândida Pereira


RIP

20130910

Porquê a corrupção? Porquê em Portugal?

Sumário

1 - A corrupção é tara genética?
2 – Corrupção e estruturas políticas e económicas
3 - Corrupção e a falta de democracia
4 – Há soluções!


Súmula

  • Não há pessoas naturalmente corruptas e, muito menos a corrupção é imanente à natureza humana. O que existe são meios sociais mais permissivos que outros em relação a procedimentos corruptos;
  • Quer os poderes tradicionais, quer as alternativas “de esquerda” colocam a corrupção no âmbito da moral individual, retirando-lhe a caraterística sistémica, política;
  • Não sendo sistémica a corrupção não é argumento relevante para alargar a democracia e, para efeitos de propaganda, esse aprofundamento cinge-se a uma folclórica “democracia participativa”;
  • A corrupção sempre esteve associada ao poder dos senhores feudais mas é o capitalismo que a faz alastrar para toda a esfera da economia real, mais disfarçada sobre a forma de lobbying para satisfazer sensibilidades luteranas, menos mascarada noutras culturas;
  • Os factores sistémicos que incutem procedimentos corruptos ou, são seus instrumentos são a concorrência, a incerteza, a posse do aparelho estatal e a globalização;
  • A corrupção é uma forma de privatização, à medida, da atuação do Estado como materializador e reprodutor das desigualdades. O seu caráter endémico torna letra morta o primado da lei e portanto a democracia sai, forçosamente, em perda;
  • Num contexto global de inerência ao capitalismo, a corrupção é mais necessária nos países dependentes, menos dotados para a competição global; e daí a sua ligação a modelos de baixos salários, menor qualidade de vida, redução de direitos e menos democracia;
  • A corrupção demonstra a inconsistência da democracia dita representativa, a irrealidade da concorrência, a inoperacionalidade programada do sistema judicial;
  • Os sistemas informáticos reduzem a pequena corrupção e centralizam-na nas grandes empresas, nas sociedades de advogados, por um lado e, nas altas esferas do poder estatal e dos partidos que o ocupam;
  • Essa centralização torna a corrupção programada, institucional pois tudo se passa com … “certificação” legal e contratual. A apropriação do Estado pela associação entre poder financeiro, empresas de regime e o partido-estado há uma normalização da corrupção, passando a questão a colocar-se ao nível da legitimidade da classe política e da nulidade ou anulabilidade dos seus actos;
  • A financiarização com a insana criação de capital-dinheiro, associada à grande concentração de capitais na economia dita “real” altera o plano da corrupção para uma escala global e densifica o tráfico de influências;
  • Manipulada por esses interesses a democracia desaparece da vida da população e os sistemas políticos resvalam para ditaduras que se mostram tolerantes na exacta medida em que mantêm as pessoas politicamente infantilizadas;
  • É muito duvidoso que a corrupção possa ser extirpada num quadro de capitalismo e por isso é preciso construir com caráter de urgência um regime político efetivamente democrático. Que contemple estes aspetos:
·         Responsabilidades individuais na representação política e não grupais ou partidárias;
·         Possibilidade de cassação de mandato a todo o instante, por referendo
·         Períodos curtos de mandato e a sua eventual repetição
·         Ausência de classe política
·         Total transparência da gestão das necessidades coletivas
·         Estado é sinónimo de autoridade, desigualdade, hierarquia

·         Independência do aparelho judicial e seu controlo democrático



Texto completo em:

http://grazia-tanta.blogspot.pt/2013/09/porque-corrupcao-porque-em-portugal.html

http://www.slideshare.net/durgarrai/porqu-a-corrupo-porqu-em-portugal

http://pt.scribd.com/doc/166994454/Porque-a-corrupcao-Porque-em-Portugal-pdf


Outros textos em:










20130907

Numa altura de desinspiração e descrédito total e quase completo, pedem-nos para divulgar e quer se goste ou não, divulga-se. É que podem não se ver mas que as há ...


NUNO CRÁPULA QUER A SELECÇÃO POR CUNHAS

Publicado por Jyoti Gomes em 07/09/2013

          O homem de negócios Nuno Crápula, ministro da DESeducação, o tal que prometeu à burguesia que destruiria a educação pública em Portugal, vai cumprindo, alegre e diligentemente, o seu nojento servicinho. Dizem por aí que ele está a receber chorudas quantias da empresa GPS. Não nos pronunciaremos em relação à veracidade dessas histórias que correm por aí, mas a simples existência de tão graves (e fundadas no conhecido comportamento anti-escola pública do ministro) acusações, deveria levar a uma investigação minuciosa das suas contas bancárias e das suas mais que muitas obscuras (e porventura lucrativas) ligações ao mundo empresarial do ensino privado. Mas ele não se preocupa com o que dele dizem, ele sabe em que país está.
           Agora, depois das chorudas ajudas monetárias de milhões de euros do erário público aos privados, da sucessiva destruição da qualidade do ensino na escola pública, das negociatas relacionadas com o “cheque-ensino”, eis que volta à carga contra o sistema de selecção de professores. O businessman qualifica qualquer rigoroso e transparente concurso público de selecção de professores de “soviético” e prefere a colocação POR CUNHAS. Compreende-se: o sistema de colocação de professores contratados por concurso confere precisão, justeza e objectividade à selecção de professores. Cada professor pode, neste sistema elogiado internacionalmente, saber por que razão está na posição em que está e por que razão foi ou não colocado numa determinada escola. É um sistema que se baseia na qualificação profissional, tempo de serviço e resultado das avaliações anuais. O crápula quer substituir (já o queria fazer a execrável Maria de Lurdes Rodrigues, da Fundação Luso-Americana) este sistema relativamente rigoroso pela rebaldaria total, pelo amiguismo, pelo relvismo, pelas cunhas e cambalachos das contratações de escola, em que basta a existência de um critério como o da entrevista com ponderação de 50% (a par, frequentemente, de critérios muito mais mafiosos), para permitir a escolha do amigo e da amiga, do familiar do conhecido, da prima do amigo e do amigo da prima.
               Compreende-se que, para este pessoal que está a soldo de proveitosos interesses privados e focado na destruição da escola pública, interesse destruir qualquer sistema rigoroso de selecção de docentes, qualquer selecção segundo critérios verificáveis e universais. O que não se compreende tão bem é como lhes deixam fazer isto, como lhes deixam impunemente destruir a educação pública de um país.

20130819

A balança de pagamentos portuguesa numa noite de verão


As melhorias na balança de serviços - que refletem as mudanças no perfil produtivo do país - bem como o maior fluxo de fundos comunitários entrados, tudo se escoa, na realidade, para o exterior, como rendimentos do capital; os capitalistas servem-se dos trabalhadores para acumularem lucros que, de imediato, remetem para o exterior, não investindo em Portugal. O capitalismo como drama é sempre maior nos países periféricos e subalternos onde a democracia se vai também ausentando.

Sumário

Conclusões e síntese
A – As necessidades ou capacidades de financiamento externo
B – Os saldos mais globals da balança de pagamentos
B. 1  – Balança corrente
B.1.1 – Balança de mercadorias
B.1.2 – Balança de serviços
B.1.2.1 – Transportes
B.1.2.2 – Viagens e turismo
B.1.2.3  – Outros segmentos
B.1.3 – Balança de rendimentos
B.1.4 – Balança de transferências

B.2 – Balança de capitais


Em uma das seguintes ligações:

http://grazia-tanta.blogspot.pt/2013/08/a-balanca-de-pagamentos-portuguesa-numa.html

http://pt.scribd.com/doc/161325463/A-balanca-de-pagamentos-portuguesa-numa-noite-de-verao

http://www.slideshare.net/durgarrai/a-balana-de-pagamentos-portuguesa-numa-noite-de-vero

Este e outros textos em: