20111022

coisas de geek... o professor do futuro...!

nem são precisos comentários...

por causa dos nomes... das escolas...!

com a publicitação das várias listas de hierarquia das escolas, com base nas notas dos exames nacionais, eis que alguém procede a uma análise empírica da questão... são os nomes distintivos de alguma marca característica de cada escola ou, ao invés, nada distinguem...?

uma boa questão...!

profissão: aluno, com estatuto...!

o estatuto do aluno parece estar a mexer nos açores... no bom sentido e com a 'oposição' expectável do pai-mor da confap...

esperamos que a coisa não se fique por aqui e alastre a este rectângulo atlântico, com rapidez...!

a notícia vem aqui.

20111021

ora bem... temos por aqui tecnologia à portuguesa...!
bem metida.


A palavra a ... | Luiz Carvalho


Ler tudo em  Um governo a prazo

Adeus, professor delator!

Leia-se relator.

a piada do dia...

parece-me que a boa pedagogia devia servir-se com exemplos edificantes... cá pelo burgo...!
mas, à revelia do bom-senso, não existe, no público e no privado, sinal visível e mediatizado de boas práticas de consumo,  investimento e desenvolvimento... basta atentar na publicidade despudorada ao consumo material e imediato!

vem isto a propósito de este senhor, carlos costa, afirmar:


'portugueses têm de usar crédito de forma mais responsável'


falar assim é fácil, para qualquer um...

e os 'bons' exemplos... onde estão...!

a inconstitucionalidade do 'corte' dos subsídios... a duas mãos!

primeiro bacelar gouveia a clamar pelo veto político e agora vital moreira, que tem dúvidas...

será concertação política situacional...?

o esbulho é para durar... uma década...?

isto é sintomático do desnorte de políticas não concertadas e consensualizadas em sede legislativa e executiva...!
autêntico terrorismo de estado contra o funcionalismo público... o protofascismo continua...!

Pacheco Pereira: "Duvido que os funcionários públicos voltem a receber subsídios na próxima década"

Noves fora, zero. Querem exterminar os professores ... E a Educação. Boa malha!

Além dos 20 mil contratados com o lugar em risco, os sindicatos prevêem a dispensa de docentes do quadro.


Os termos usados são:"supressão de ofertas não essenciais no ensino básico" e referem-se:
  • à área de projecto nos 2.º e 3.º ciclos; 
  • ao ajustamento do estudo acompanhado no 2.º ciclo e a sua supressão no 3.º ciclo; 
  • e "outras a anunciar oportunamente"como por exemplo:
  • fusão das disciplinas de História e a Geografia, 
  • o fim do par pedagógico em Educação Visual e Tecnológica (passando de dois professores para apenas um), 
  • o fim do carácter obrigatório da segunda disciplina estrangeira ou até 
  • a redução de horas a Educação Física são algumas das hipóteses avançadas.
A coroar esta obra de destruição massiva:
"O Ministério da Educação pretende poupar, em 2012, 102 milhões de euros com professores contratados. Um objectivo que, para ser cumprido, implica que cerca de 20 mil profissionais não tenham lugar nas escolas no próximo ano lectivo."

vícios privados... e muito obscuros...!

parece que cada cidadão suportará no ano de 2012 um custo de funcionamento do estado de cerca de 5 mil euro, segundo ricardo arroja e de acordo com os números da direcção-geral do orçamento.
deste custo 1700 euro [34%] estão 'destinados' aos fundos e serviços autónomos, entidades nebulosas que se bamboleiam no caldeirão dos bens públicos, gastando muito e 'servindo' pouco ou nada. 
chegados aos cortes anunciados nos súbsídios e outras prestações sociais onde estão as medidas que procedem à 'lipoaspiração' das gorduras excessivas do 'monstro estado', tal como aquelas que poderão [deverão] servir de estímulo à economia...?
alguém ouviu falar delas...? eu devo estar surdo:..!

20111020

Fora com a cadela? : /

Lá está outra maneira liiiinda de se resolver uma situação ...

É assim que se resolvem problemas??? 30 contra um?

Mas que vergonha!!!

Solidariedade para com a Polícia!

E sim, demitam-se os "gananciosos"!

E agora, perseguição aos portugueses em geral!

Agora, é a perseguição aos professores do quadro ...

" A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) diz que os cortes anunciados na Educação para 2012 pelo Governo só poderão concretizar-se com o despedimento de docentes que fazem parte dos quadros das escolas." (CM)

Uma perseguição aos funcionários públicos! [II]

Na continuação do post Uma perseguição aos funcionários públicos. Nem mais! apresentamos o resumo de um estudo de Eugénio Rosa
A MENTIRA COMO INSTRUMENTO DE MANIPULAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA: - é falso que o salário mensal na Administração Pública seja superior em 75% ao do sector privado como divulgaram os media
Na semana de 13/17 de Julho de 2009, a Agência Lusa, e depois a maioria dos órgãos de comunicação, incluindo a TV, acabaram por colaborar numa gigantesca operação de manipulação da opinião pública. Para isso, foi utilizado um estudo divulgado no Boletim Económico – Verão de 2009 do Banco de Portugal, que, segundo os autores da noticia, provava que “os funcionários públicos auferem um salário mensal claramente acima dos seus congéneres do sector privado e o diferencial aumentou ao longo do tempo, passando de 50% em 1996 para quase 75% em 2005” Desta forma, ficava justificada a politica deste governo contra os “privilegiados” da Administração Pública (uma ajuda para a campanha eleitoral de Sócrates), por um lado, e, por outro lado, preparava-se já a opinião pública para que o futuro governo continuasse a reduzir as condições de vida destes trabalhadores. Uma análise objectiva de todo o estudo do Banco de Portugal, e não apenas de alguns dados retirados do seu contexto, revela que a notícia dada pelos media é falsa.

Na pág. 65 do referido estudo do Banco de Portugal encontra-se a passagem anterior que foi utilizada pelos media no seu ataque à Administração Pública. Mas logo a seguir, na pág. 66, do mesmo estudo chama-se a atenção que “ Os diferenciais brutos que temos vindo a referir podem ser indicadores erróneos de desigualdade salarial, já que remunerações mais elevadas podem ser justificadas, por exemplo, por uma maior dotação de capital humano”, ou seja, por uma maior escolaridade e qualificação. E logo na mesma página do estudo refere-se que “a proporção de funcionários públicos que reportam educação universitária ronda os 50% em 2005, enquanto no sector privado esta corresponde a pouco mais de 10%”. Mas tudo isto foi ocultados pelos media.
Utilizando os valores dos rendimentos auferidos pelos trabalhadores por conta de outrem de acordo com o seu nível de escolaridade obtidos através do “Inquérito às despesas das famílias 2005/2008” realizado pelo INE, e tendo em conta a percentagem de trabalhadores no sector público e no sector privado em cada nível de escolaridade, conclui-se que só o efeito da escolaridade mais elevada que existe na Administração Pública, explica que o salário médio ponderado anual nesta seja superior em 58% ao do sector privado. Por outras palavras, devido ao facto de 50% dos trabalhadores da Administração Pública terem formação superior, enquanto no sector privado são apenas 10%, e como os trabalhadores com formação superior auferem, em média, um salário muito mais elevado do que aqueles que apenas possuem o ensino básico ou secundário, o salário médio ponderado na Administração Pública teria de ser superior em 58% ao do sector privado.
Mas as razões das diferenças salariais não resultam apenas do efeito escolaridade. Na pág. 68 do estudo reconhece-se “que a disparidade salarial bruta entre os dois sectores apresentada na última secção é largamente explicada pelas diferenças nas características da mão de obra”. Assim, segundo o estudo divulgado pelo Banco de Portugal, devido a essas características verifica-se, “em termos do salário mensal, que a diferença passou de 10% em 1996, para 15% ou um pouco mais na década que se seguiu” (pág. 68), portanto valores muito inferiores aos 50% e 75% divulgados pelos media. E mesmo esta diferença 15% não corresponde à realidade.
Em 2006, o governo de Sócrates, contratou a CAPGEMINI, que é uma das maiores empresas do mundo de serviços de consultoria, para fazer um “Estudo Comparativo de Sistemas de Remuneração entre os Sectores Público e Privado”. E as conclusões a que esta empresa chegou desagradaram o governo de tal forma que ele fez desaparecer o estudo apesar do seu elevado custo para o erário público (em 2006, na Assembleia da República, durante o debate do Orçamento do Estado, em que participamos, solicitamos ao ministro das Finanças que fornecesse o estudo aos deputados, o que ele recusou). Segundo o estudo da CAPGEMINI, por categorias profissionais as remunerações dos trabalhadores da Administração Pública eram inferiores aos do sector privado nas seguintes percentagens: (1) Grupo técnico : entre -188% e -156%; (2) Grupo Técnico-profissional: entre -75% e -46%; (3) Grupo administrativo: entre -89% e -55%; (4) Grupo de auxiliares : entre -19% e – 27%; (5) Grupo de operários : entre -26% e -65%. O estudo divulgado pelo Banco de Portugal apenas analisa por categorias profissionais um grupo de trabalhadores: os com formação superior. E, em relação a este grupo, chega a conclusões opostas às divulgadas pelos média. Segundo o Banco de Portugal, os salários destes trabalhadores eram em 2005, em média, inferiores aos do sector privado em -5,9% (quadro 4, pág. 76). E há profissões em que a penalização é muito maior. Por ex., os salários dos trabalhadores de informática da Administração Pública eram inferiores aos do sector privado em -13,8%; os dos economistas em -18,6%; e os salários dos não especialistas em -9,3%. Se a análise for feita para os trabalhadores do 3º Quartil, portanto os com formação superior e com qualificação mais elevada, a penalização sobe de -5,9%, referida anteriormente, para -25,9%. Portanto, os salários destes trabalhadores da Administração Pública são, em média, inferiores em -25,9% do sector privado segundo o próprio estudo do Banco de Portugal. E no período 2005/2008, a desigualdade salarial agravou-se ainda mais, pois os salários na Função Pública aumentaram apenas 7,5%, enquanto os do sector privado subiram 13,5%. A questão que se coloca agora é esta: Terão os órgãos de comunicação que divulgaram aquela noticia falsa, manipulando assim a opinião pública, a honestidade de a corrigir informando com objectividade os seus leitores? . (Junho de 2009).

Este estudo pode ser lido na íntegra em: http://www.eugeniorosa.com/Sites/eugeniorosa.com/Documentos/2009/34-2009-Media-manipulam-dados-para-atacar-Funcao-Publica.pdf

Escandaloso!

Excerto:
"São 49 as figuras públicas que recebem dinheiro da RTP e da RDP para comentarem. Muitos dos políticos recebem 600 euros por intervenção.
O "Correio da Manhã" escreve que Marinho Pinto e Carvalho da Silva fazem parte da lista de 49 personalidades públicas com avenças semanais na RTP e na RDP."

RTP e RDP pagam avenças a políticos

Uma perseguição aos funcionários públicos. Nem mais!



"Bacelar Gouveia acredita que Cavaco Silva abriu caminho a veto político

O constitucionalista Jorge Bacelar Gouveia afirma à Antena1 que é inconstitucional o corte dos subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos e pensionistas. Bacelar Gouveia acredita que as críticas apontadas pelo Presidente da República, Cavaco Silva, a essa opção do Governo abrem caminho para um eventual veto político ao Orçamento do Estado para 2012."

Fonte: RTP

Now you see me, now you don't

Há que saber apreciar a criatividade retórica e a desresponsabilização própria que ela permite. A linguagem, já dizia Wittgenstein, é problemática e presta-se, como qualquer fenómeno social, a uma extrema elasticidade que permite a uma mesma pessoa defender uma ideia e o seu contrário sem que se aperceba imediatamente da asneira.

João Salgueiro, presidente da Associação Portuguesa de Bancos, mostra-nos de que forma fácil podemos fazer o milagre do desaparecimento dos pães em simultâneo com o da multiplicação da culpa. Afirmou Salgueiro recentemente que a responsabilidade última do endividamento dos portugueses pertence... aos próprios. Antes que me respondam que o acto de consumir e de dispender é individual e (pelo menos teoricamente) consciente, deixem-me abrir um pouco o problema.


Significa isto que:


- a culpa da dimensão das taxas de juro e comissões bancárias absolutamente usurárias e da margem de lucro que permite ao sector da banca um nível de enriquecimento que não tem paralelo na sociedade portuguesa (excluída, obviamente, a classe política ao centro e à direita, como facilmente se deduz pela análise das carreiras e qualidades de vida absolutamente meteóricas produzidas nas últimas décadas;

- dos efeitos da acção especulativa de alguns sobre a Economica e condições de vida de todos;


- das decisões políticas tomadas pelos Governos em matéria de Economia e Finanças, e da forma como (não) regula o sector bancário;


- da relativa (por comparação) ausência de informação ao consumidor-cidadão;


pertence ao cidadão. Ou seja, a base da pirâmide social é, para Salgueiro, a verdadeira responsável por todo o cumulativo de decisões tomadas desde o topo, e da qual é frequentemente o destinatário mudo, quando não cego. Significa também isto que o próprio Salgueiro, a quem não é alheio algum contributo político para o status quo (quanto mais não seja pela acção de lobbying político que a ABP exerce), consegue com esta invisibilização própria, diluir pelos miseráveis a responsabilidade última pela sua condição, confundindo confortavelmente mandato para governar e definição das medidas concretas de Governo. Há uma relação moral entre ambas? Certamente. Mas há diferença objectiva entre a representação e a prática.

Do eufemismo como abjecção

Com cada vez maior frequência, surgem na política - considerada simultaneamente enquanto arte da administração mas também enquanto arte da discursividade - formulações que devem merecer-nos a mais veemente e transparente recusa, sobretudo quando consideramos que os seus agentes constituem, enquanto representantes de outrém, um retrato de cada um de nós.

Atendendo apenas à dimensão discursiva da acção desses agentes, assume cada vez maior importância a figura estilística do eufemismo enquanto veículo do branqueamento (quando não opacidade) de algumas posições e medidas, atribuindo-lhes uma natureza mais light e, dessa forma, facilitando a sua aceitação.

No decurso de uma intervenção no 4º Congresso Nacional dos Economistas, a decorrer em Lisboa, António Lobo Xavier assume, eufemisticamente, não saber “até onde pode ir a compressão dos princípios constitucionais”. Sublinho a escolha, não inocente, do eufemismo compressão. É particularmente relevante a escolha do termo atendendo não apenas à acção política conhecida de Xavier, mas sobretudo o seu enquadramento profissional - Jurista - e a aura de credibilidade que o mesmo empresta ao seu discurso num país onde é (re)conhecida a vassalagem do pensamento à profissão do orador.

Ainda que seja possível conceber a hipótese de que o seu discurso tenha sido informado por alguma cautela quanto a potenciais efeitos nocivos - até do ponto de vista jurídico - da escolha de termos mais, digamos, transparentes, a verdade é que assumir que "todos os julgamentos legais estão a ser sujeitos à necessidade do Estado" significa, para lá do eufemismo e da sua opacidade, que a compressão deve ser entendida enquanto violação dos tais princípios constitucionais. Significa, portanto, e com as palavras todas, estar em curso nesta formulação de Xavier uma tentativa de neutralização do tom negativo e incómodo da expressão violação da Constituição, substituindo-a por uma muito mais comedida, confortável e inócua compressão. O equivalente a considerar a fome como um certo emagrecimento do corpo.

A palavra a ... | Rui Tavares @ A demoglobalização

"A mesma Europa que manda cortar nos salários e pensões prepara-se agora para implorar aos bancos que aceitem o nosso dinheiro, ilimitado e sem condições.

Lembram-se daquele slogan dos anos 90, “as pessoas primeiro”? Em 2011, encontrou um novo sentido: as pessoas lixam-se primeiro.
Escrevendo ontem neste jornal, o economista Paulo Trigo Pereira perguntava “onde estão as gorduras” do estado que este governo apregoava ir cortar, e dá um início de resposta: “afinal, «gorduras» eram só salários e pensões”. Outro economista, João Rodrigues, confirma que “com este Orçamento, todos saberão o que são as «gorduras» do Estado: salários, pensões e bens sociais, da saúde à educação, amputados; a vida de tantas famílias injustamente fragilizada”. A amargura é justificada: na hora de cortar, os governos escolhem as pessoas primeiro." Continue reading ‘A demoglobalização’

Assim não vamos lá, senhores ...

Directores da PSP aumentam salários em segredo.

PENSÕES VITALÍCIAS DE ANTIGOS GESTORES PÚBLICOS ESCAPAM A CORTES

Partilho, tal como recebi no Facebook


"AVISO: REPASSEM PARA TODOS OS VOSSOS CONTACTOS E SE CRIE UM MOVIMENTO NACIONAL QUE PRESSIONE O GOVERNO, ATRAVÉS DE AGRAVAMENTO DE IMPOSTOS, A CORRIGIR ESTA SITUAÇÃO DE TREMENDA INJUSTIÇA!!!! O GOVERNO JÁ FEZ ALGUMA COISA NESSE SENTIDO, É CERTO, QUE, TODAVIA PARECE REVELAR-SE INSUFICIENTE!
ISTO É UMA AFRONTA AOS MILHÕES DE PORTUGUESES QUE SE DEBATEM COM MUITAS DIFICULDADES PARA SOBREVIVER, PARA NÃO FALAR NOS MISERÁVEIS QUE POR AÍ HÁ!!!
O MAL DE PORTUGAL E DO MUNDO, CRIADO PELO SISTEMA CAPITALISTA, TAL COMO TEM SIDO GERIDO, RESULTA DISTO MESMO, DAS ENORMÍSSIMAS DESIGUALDADES SOCIAIS." (Vítor Rua)

20111019

Momento hilariante!

Paulinho da Pandeireta dá espectáculo (com vídeo), descoberto em:

"Portas é one man show. Depois de actuar com a banda no restaurante, seguiu para uma feira. (Ver vídeo no fim do texto)" (Filipe Santos Costa)
Aconselho a leitura do texto do Filipe Santos Costa assim como a visualização do vídeo que o mesmo nos apresenta. Nós, deixamos uma foto 'emprestada' do Facebook.
"Go Paulo! Go Paulo! Go Paulo!". Por: inÉpcia.

Alterações do IVA (bens e serviços)

Para uma lista exaustiva das alterações que nos serão impostas, consultem o blogue O Tempo Chegou no seu post 538... a voz a 0 db, mostra-nos: 

LISTA I (taxa a 6%)
BENS E SERVIÇOS SUJEITOS A TAXA REDUZIDA 

LISTA II (taxa a 13%)
BENS E SERVIÇOS SUJEITOS A TAXA INTERMÉDIA

RESUMO (do que passa para 23%) 

Uma obscena e criminosa parcialidade

Entre as pérolas que os media todos os dias nos servem, investidas de uma aura de objectividade que raramente sobrevive a um escrutínio rigoroso, um tema revelou nos últimos dias, em toda a sua transparência, a falsidade da premissa de equidistância do discurso noticioso face ao objecto noticiado: a troca - palavra absolutamente inadequada mas infelizmente popularizada e legitimada através dessa popularização - entre prisioneiros políticos mantidos em cativeiro pelos dois lados da questão israelo-palestiniana. Em que sentidos?


1) em primeiro lugar, pela forma clara como permitiu perceber o diferente valor atribuído à vida humana consoante a sua origem geográfica e ideológica: ficámos a saber que uma vida de um militar israelita vale 1027 vidas de cidadãos palestinianos. Repito: 1 militar = 1027 cidadãos. E o que fazem os media? Acompanham, a par e passo, os primeiros passos... desse 1. Ou seja, acompanhar 1 cidadão de um lado do problema é, para os nossos media, mais relevante e noticiável que acompanhar 1027 cidadãos do outro lado do problema. Quanto a isto, defenda esta parcialidade quem tiver suficiente descaramento ético e profissional para ousá-lo.



2) em segundo lugar, pela forma igualmente clara como permitiu perceber o diferente valor do tempo de cativeiro: de um lado, e segundo o discurso noticioso, um militar israelita que viveu, e cito, um "limbo" de aproximadamente 1000 dias de cativeiro (sensivelmente três anos); do outro lado, 1027 cidadãos palestinianos cujos tempos de cativeiro - suscitados por acções tão absolutamente inócuas como a crítica pública verbal da direcção e consequência da política israelita - chegaram aos... 10950 dias (trinta anos). Qual a representação destas realidades no discurso dos media? São os 1000 dias o "limbo". Fica por saber que nome dariam - pois no seu discurso nenhum adjectivo foi considerado necessário - aos trinta anos passados na prisão por alguns cidadãos acusados do crime da verbalização crítica.


3) em terceiro e último lugar, a perenidade de termos de uma xenofobia surda relativos a um dos lados da questão: os palestinianos surgem, amiúde, como "árabes" ou "islamitas", definidos, portanto, pela sua origem étnica e pela sua fé religiosa. Do outro lado o que temos, segundo os media? Israelitas, definidos, portanto, pela nacionalidade. Imaginem o Carmo que não cairia se, à semelhança do que é praticado para com os "árabes", os israelitas fosse designados justamente por "judeus". Não é difícil de preve-lo.


Escrevo-o com frequência: a verdadeira compreensão de um problema tem, na sua base, a compreensão contextualizada dos fenómenos envolvidos. Neste caso, é muito mais inaceitável que aqueles que promovem a si mesmos como justos e rigorosos sejam aqueles que mais incorrem na parcialidade de que acusam terceiros, mas que raramente estão disponíveis a reconhecer em sede própria. Triste, no mínimo. Mas é destas obscenas e criminosas parcialidades que se fazem as opiniões e as representações que cada um de nós, distraído, vai incorporando.

Ai comenta, comenta ...

E com demagogia!

Nuno Crato não comenta o corte de €864 milhões no Orçamento para a  Educação. "Temos todos esperança no futuro, na educação, na ciência, vamos ultrapassar este momento difícil, disse o ministro. (Expresso, aqui)


E a esperança é toda dele! Francamente, sr. ministro!

A propósito do IVA a 23%

"Afirma o Sr Ministro das Finanças que o aumento da taxa do IVA para 23% nas facturas do gás e da electricidade é o que se pratica na maioria dos países europeus.

Então comparemos também os SALÁRIOS MÍNIMOS NA EUROPA:
Suíça - 2.916,00
Luxemburgo - 1.757,56
Irlanda - 1.653,00
Bélgica - 1.415,24
Holanda - 1.400,00
França - 1.377,70
Reino Unido - 1.035,00
Espanha - 748,30
Portugal - 485,00
(...)"

Depois do cigano, do bombeiro, do alfabético ... venha o professor marinheiro!

Pois já não esperava mais do mesmo género. Desta vez passa-se na Escola Secundária da Quinta do Marquês (Oeiras E São Julião Barra).

Passo a tomar emprestada a imagem elucidativa que o Arlindo Ferreira partilhou no seu blogue:

Procura-se marinheiro para oferta de escola do grupo 620


Ó sra. directora Júlia Tainha, tenha dó! 
Se quiserem espreitar um fundo elucidativo, cliquem aqui.

O que dizia Nuno Crato a 31 de Março de 2011



"Durante a Conferência - Debate "TALENTO: uma agenda para Portugal”, realizada a 31 de Março de 2011 com organização da SEDES, Grupo de Trabalho de Capital Humano, a IM Magazine falou com 3 dos oradores, António Câmara, Mário Ceitil e Nuno Crato (sem que nessa altura se previsse vir a ser o actual Ministro da Educação).

Trocaram-se ideias sobre o sistema de ensino, novas ideias, possibilidades de mudança, talentos... Para ver e ouvir aqui"
Gostei da gargalhada inicial, das ideias sobre avaliação e das contas sobre alguns assuntos que diz não conhecer ...

Obrigada, Timor-Leste!

"Timor-Leste vai pagar, pela primeira vez, parte da despesa feita com os professores portugueses a ensinarem no país. São quatro milhões de dólares. Timor está disposto a aumentar os pagamentos e quer atrair mais professores para o território". (RTP | Timor-Leste forma professores com ajuda de Portugal e Brasil)

20111016

danças e contra-danças no orçamento da educação...

a educação é um bem emulado pelo estado, ao contrário do núcleo restrito de bens que mais ninguém 'faz', a administração, a justiça e a defesa, não necessariamente por esta ordem, logo não é para admirar que a cena de crise de financiamentos se venha a reflectir na educação para todos e na sua gratuitidade... isto ainda vai doer mais...!
e a escola pública vai sofrer...

A música de um Demo-Crato muito "Particular"

O montante dos cortes no orçamento da Educação para 2012 triplica a poupança que foi recomendada no programa de ajuda externa a Portugal. O Ministério da Educação e Ciência já confirmou que serão da "ordem de grandeza" de 600 milhões de euros. O memorando de entendimento com a troika, assinado em Maio passado, apontava para uma redução de custos de 195 milhões. Secretário de Estado diz que cortes anunciados pelo ministro Nuno Crato se destinam a ajustar o orçamento do sector às "possibilidades reais" do país.

Os Colégios do ensino particular e cooperativovão receber 85 mil euros por turma e vêem reforçado o financiamento por turma em cinco mil euros, em relação ao valor previsto. No total, existem 1893 turmas financiadas através deste regime, o que representa uma despesa de mais de 161 milhões.

Dizem-nos que o país está de tanga, que não há dinheiro, aplicam-se medidas brutais, quer no corte de salários, nos subsídios de férias e de Natal, aumenta-se o número de horas de trabalho em mais meia hora por dia, aumenta-se o IVA em 17% para muitos dos bens essenciais, aumentam o preço no acesso à saúde, cortam nas pensões e para poupar meia dúzia de milhões de euros cortam-se direitos e serviços essenciais. Não há dinheiro. Na educação deixam-se dezenas de milhares de professores no desemprego e contratam-se outros ao mês. Não há dinheiro, dizem. Mas, para as escolas privadas parece não faltar e, não só não cortam, como ainda aumentam a comparticipação do Estado. O sonho desta gente é um país em que saúde, ensino, reformas, bancos, transportes, luz, água, ar, empresas e serviços, tudo seja privado e financiado pelo estado. O grande sonho da mama capitalista que não só procura trabalhadores sem direitos e a baixo custo como ainda lhes quer "comer" a parte que pagam em impostos.
Chega de mentiras, hipocrisia e enganos. Não somos mercadorias ao serviço dos mercados e políticos. Somos gente que desejamos controlar os nossos destinos e ser feliz.