- "É urgente partir a espinha aos sindicatos", publicado em 09 de Setembro de 2011
- "Em tempos de crise, vivam os palhaços", publicado em 16 Dez 2011
- "Portugal precisa de uma boa vassourada", publicado em 24 Dez 201
- "Sempre os tiques terceiro-mundistas", publicado em 17 Dez 201
- "É urgente um novo Estado e nova gente", publicado em 20 Dez 201
- "Pobre gente, pobre país de indignados", publicado em 6 Jan 2012
- "É urgente calar os rascas do regime", publicado em 24 Jan 2012
Apetece dizer que António Ribeiro Ferreira, transitado do Correio da Manhã para o I, e não é inocente, este facto, parece ter sido recrutado com uma ideia relativamente simples: dizer o pior e o mais disparatado possível para gerar polémicas fáceis, garantindo o burburinho e a indignação de que são feitos os índices de leitura e a sobrevivência de jornais com pouco critério.
Não está em causa que o cidadão António Ribeiro Ferreira tenha opiniões: é, aliás, saudável que as tenha, e que cumpra o dever cívico de tê-las. Mas não é o cidadão António Ribeiro Ferreira que dirige o I: é o profissional do meio, o jornalista experimentado. Ou devia parecê-lo mais.
O cargo de Director de um meio de Comunicação Social de massas não é - ou, pelo menos, não devia ser - um púlpito levantado do chão de um qualquer parque urbano, no qual qualquer um pode, legitimamente, discorrer contra quem quiser o fel que o move.
Mais que esperar-se, exige-se a um Director de um jornal nacional diário que seja vector de esclarecimento crítico, capaz de uma reflexão distanciada e historicamente enquadrada mas, por essa razão, não menos imparcial. Algo muito diferente dos bramidos espalhafatosos que, mais que qualificar a realidade sobre a qual se debruça, o qualificam enquanto orador.
É certo que António Ribeiro Ferreira não é - antes fosse... - o primeiro Director de um jornal de grande tiragem a fazer do seu cargo tão pobre e irreflectida utilização, presumindo que é irreflectida sequer. Mas acrescenta-se, desta forma, e tristemente, ao nada ilustre leque daqueles que, podendo contribuir para ver para lá do ruído, se limita a somar-se a ele. Não é desta Comunicação Social que Portugal - ou qualquer outro país - precisa.
A manter-se incapaz (ou indisponível) de somar qualidade e não gatafunho, talvez não seja inadequado recomendar a António Ribeiro Ferreira algum do que tem projectado em todas as direcções: perante os seus "tiques terceiro-mundistas" típicos de "rascas do regime", era bom que, a bem do tal "pobre país de indignados" (que, lendo-o, o sustentam) se coloque a jeito da tal "boa vassourada" para abrir espaço para a tal "nova gente" que não escreva para sugerir "partir a espinha aos sindicatos". Para que "em tempos de crise, [não] vivam os palhaços".
4 comentários:
LOL! Mais outra 'bomba' de excelente qualidade, Pedro! : )))
Passar de uma Folha de Couve para outra rasca ao estilo do Diabo não parece motivo de espanto?
às tantas neste país africano as licenças de jornalista também se vendem na feira do relógio...
Os conservadores mais aguerridos transitaram da extrema-esquerda. É ver o Pacheco Pereira, José Manuel Fernandes e este jovem. Como ninguém lê o I, basicamente o homem escreve para os amigos!! :)
LOL!
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