A maioria parlamentar manifestou-se hoje contra o fim das corridas de
touros, pedido por uma petição que reuniu cerca de sete mil assinaturas, mais três mil do que as
necessárias para levar a sua discussão a plenário da Assembleia da
República.
Portanto, a chacina sanguinária de animais indefesos, drogados e parcialmente cegos:
- para Isilda Aguincha (PSD) é "liberdade individual", "arte", com "elevado número de espectadores".
- para Gabriela Canavilhas (PS) é "manifestação cultural", "leva 900 mil pessoas às praças e mais de três milhões a festas", e "não pode ser abolida pode decreto"
- para Teresa Anjinho (CDS) é "actividade económica relevante", um "direito cultural", "vida cultural"
- para Paulo Sá (PCP) não é "acertado" qualquer "tipo de proibição por via legal".
Ou seja, desde que muitos queiram ver, queiram pagar, digam que é seu direito cultural individual, e digam que não pode ser proibido por lei, não há azar.
Posso sugerir algo? Gostaria de começar a cobrar por espectáculos públicos de tortura física de deputados. Creio que muitos quererão ve-los, não se importarão de pagar por isso, que se reservarão o direito a considera-los Cultura (e creio que o Ministro Alvaro Pereira considerá que podemos exportar isto também), e desde que seja uma iniciativa popular não poderá ser proibido por decreto (já que não foi iniciado dessa forma). Who's in?
1 comentário:
Eu!
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